Para iniciar o assunto, fiquei pensando em tudo que fiz, li, experimentei até agora após entrar nesse curso.
Certamente uma experiência inédita e única, da qual não posso mais me abdicar. Refleti sobre as inúmeras possibilidades, aliás, infinitas formas, de aprender e descobrir novas coisas. O quanto é fascinante cada descoberta para nós, imagina para o aluno que já nasce e vive nesse universo. Para ele, tudo funciona como um “país das maravilhas” e muitas vezes, me senti assim como Alice, perdida, mas encantada com tudo que descobria.
A riqueza, o encantamento que esse mundo novo permite, nos leva a conhecimentos inimagináveis, aportar em mares nunca dantes navegados. E assim caminha a humanidade rumo ao progresso tecnológico.
Sem dúvida que vivemos numa sociedade cercada pela tecnologia que requer do ser humano muito mais preparo. Nesse contexto, o professor precisa preparar-se para depois, ter condições de preparar o aluno para essa realidade.
Segundo Pedro Demo (2008), “nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI”. Precisamos de professores que não tenham como centro de suas atividades darem aulas, mas fazer com que o aluno aprenda de forma dinâmica, prazerosa e em compasso com as exigências da atualidade.
As tecnologias criam possibilidades de redimensionar o espaço escolar, tornando o aberto e flexível, no qual professores e alunos trocam experiências entre eles e entre outras pessoas que atuam no interior e fora da escola.
E parafraseando um trecho do poema de Drummond podemos observar:
[...] Penetra surdamente no reino da Internet.
Lá estão os links que esperam ser abertos.
(...)
Chega mais perto e navegue em muitos deles.
Cada um tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxestes a senha?
Que a senha para adentrar nesse universo tem exigências como romper barreiras, vencer preconceitos, encarar os desafios, adotar novas posturas e ter coragem de mudar. É preciso ter coragem, é preciso saber viver e sobreviver nesse mundo de mutantes cibernéticos.
Ou encaramos as mudanças ou ficamos a mercê de deboches como um Robinson Crusoe após um longo tempo fora da civilização. Eu imagino que foi assim a sua volta.